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Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 16

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Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 16 Empty Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 16

Mensagem por Lolla Aryan Sex maio 18, 2012 6:11 pm

Lembrar daquilo já me fez cambalear. Bem, o fato era que alguém me trancara em um quarto e roubara minha varinha. Apalpei meu bolso. Minha adaga continuava lá. Afastei as perguntas de minha mente conturbada e fui até o banheiro de novo. No lugar onde antes estivera o delta havia um buraco enorme. Coloquei a cabeça dentro dele e uma ponta de esperança me invadiu: Havia um tipo de caminho em algo que parecia uma caverna. E se Zack tivesse entrado ali? Eu não conseguia ver o fim do túnel, mas entrei mesmo assim.
O túnel se estendeu por alguns metros. Parecia que ia ficando cada vez mais baixo, o que me deixava com uma dor nas costas terrível. Também havia uma goteira chata me irritando. Zeus que se considere feliz se eu não invadir o Conselho Olimpiano qualquer dia desses pra falar desses túneis podres. E sim, já fiz esse tipo de coisa. Eu sou Lolla Aryan, filha de Zeus. Ninguém OUSA tentar me explodir (:
E aquela goteira idiota continuava me irritando cada vez mais. Apalpei o bolso do sobretudo.
-Oh. - Sorri, pegando um lenço que provavelmente viera com o casaco, mas eu sinceramente não perdera tempo antes olhando meu bolso.
O som da goteira aumentava. Eu estava bem perto dela.
Quando finalmente a achei, alguns minutos depois, coloquei o pano lá da melhor forma possível e continuei andando, já quase de joelhos por causa da altura da droga de túnel.
Eu estava começando a pensar que ele havia sido construído para gnomos. Ou elfos. Ou gremlins. Ou qualquer outro ser anão.
Até que percebi o quanto aquilo que eu estava fazendo era idiota. Se EU já nem conseguia mais passar direito, sem chances de Zack ter conseguido. Ele era mais alto que Dani, ainda que por poucos centímetros. Mas afinal, que outra escolha eu tinha?
Continuei engatinhando, até que o túnel ficou baixinho até mesmo para que Lucy pudesse ultrapassar. Levei a mão ao bolso, já preparando um Bombarda. Mas na metade do movimento me lembrei de que estava sem a varinha. Droga.
-Então vou ter que fazer estilo Sadie Kane. - Sorri com a ideia. Juntei os punhos, com a palma das mãos viradas para a pequena abertura. Era um gesto ridículo, porém eficaz.
Tão eficaz que me fez lembrar da coisa mais básica do mundo: Se eu explodisse uma parte do túnel, aquela droga cairia em cima de mim.
Bati a cabeça na parede algumas vezes para me castigar pelo meu momento loirice do Chalé 5.
Mas eu tinha outras coisas mais importantes a fazer. Tipo sair correndo por aquele buraco enorme que eu tinha feito, porque tudo estava desabando.
-Don't you dare look out your window, darling everything's on fire. The war outside our door keeps raging on. Hold into this lullaby, even when the music's gone. - Cantarolei, enquanto saltitava para dentro do, agora grande, túnel. Até que caiu uma pedra enorme a poucos centímetros de mim e eu achei melhor começar a correr.
Corri pelo que pareceram horas, antes de finalmente chegar a um lugar que parecia... Não sei bem o quê. Algum tipo de base da Capital onde torturam as pessoas. Um lugar bem agradável, ao certo (:
Até que ouvi um berro. E outro. E mais um. Cada vez mais altos e fortes, o que estava começando a me desesperar.
-LOOOOOOOOOOOOOLLA! - Uma voz irritante e conhecida berrava.
-Zack. - Deixei escapar. Minha voz soou como um ganido quase inaudível. Limpei a garganta e prossegui, colocando minha máscara habitual de líder confiante. - Onde você se meteu, seu idiota? - Bufei, mesmo que ele não pudesse ouvir.
O lugar onde eu estava parecia vazio. Lembrava a recepção de um hospital, só que sem aquele cheiro de gente morrendo que eu não suporto. Entrei em um corredor estreito, porém bem comprido. Haviam inscrições comuns nas portas, como ‘A1’, ‘B1’, e por aí vai. Até que um nome me chamou atenção.
-Restrito. - Sorri. Qual rebelde perturbada como eu não se sentiria atraída por uma porta daquelas?
Fazendo minha segunda idiotice do dia, girei a maçaneta e me deparei com uma sala de vidro com diversos aparelhos eletrônicos. Espera aí! Aquilo em cima da mesa era o que eu estava pensando?
-PERFOO! - Peguei a pequena arma de choque de cima da mesa e a coloquei no bolso. Nunca se sabe quando uma coisa dessas pode ser útil... Apesar de eu não fazer ideia de como se usa uma arma de choque. Mas eu ia dar um jeito (:
Estava saindo pela porta de novo, quando a voz de Zack voltou a berrar, dessa vez bem perto. Olhei de relance para trás. Um dos computadores mostrava uma pequena sala. Com o idiota do Agente Hudson preso em uma cadeira.
-LOOOLLA! - Ele continuava berrando.
-Novato estúpido. - Xinguei. - Não se fala para sequestradores que você tem um comparça. Isso faz eles aumentarem a segurança e mandarem equipes de busca. Além de ferrar nós dois. - Ensinei a tela do computador. Porque, obviamente, Zack ainda não podia me ouvir. Olhei para o céu. - VIU SÓ, QUÍRON? Eu estava errada. Não é suicídio mandar novatos pra missões como essa. É HOMICÍDIO. Ele vai matar a gente também. - Berrei, enfezada. - Gregos e suas drogas de profecias. - Bufei.
-Lolla? - A voz de Zack no computador disse. Mas dessa vez com um tom de surpresa. - Você está aí? Por que está chamando Quíron? O Acampamento tá mandando resgate? Lollaa?? - Ele ia disparando.
-Idiota. - Repeti. Porque só ele ainda não tinha percebido o que tinha acabado de fazer.
-Confirmado. Ele vem de um lugar chamado Acampamento. Tem uma garota infiltrada na segurança, e está bem perto, a ponto de ele conseguir ouví-la. E tem um Quíron nessa história também. - Ouvi uma voz grave dizer.
Mas havia um pequeno probleminha: A voz não vinha da tela, nem de nenhum dos computadores. Vinha do corredor.
Avaliei minhas opções. Sair pela porta: Suicídio. Me esconder embaixo da mesa: Idiotice. Atacar o cara com uma arma de choque: Precipitado demais.
Olhei para as paredes de vidro blindadas, de modo que eu não conseguia ver o outro lado. Se eu as quebrasse, onde elas dariam?
Eu faria muito barulho. Mas já estava encrencada, mesmo. O tiozinho chamaria a segurança e eu ficaria ainda mais encrencada. Peguei minha bota e taquei no vidro com tudo, sem me importar muito com o que viria depois.
Olhei para o grande buraco que eu fizera. Havia outra sala do mesmo tamanho da primeira. Percebi que aquilo era meio óbvio, considerando o corredor. Decidi naquele momento que não estava me sentindo bem naquele dia... Pulei para a outra sala, sem tocar no vidro.
Quando ouvi o cara do rádio abrir a maçaneta da primeira sala e gritar, saí pela porta o mais rápido possível.
Mas não foi o suficiente. Ele conseguiu ver de relance meu cabelo.
-ACHEI A TAL LOLLA! - Pude ouví-lo berrando. - ELA ESTÁ NA SALA RESTRITA E TEM CABELOS LOIROS ENCARACOLADOS. REPITO: CABELOS LOIROS ENCARACOLADOS.
Novatos são uma coisa linda. Segurei um risinho e saí correndo, entrando em uma sala qualquer. Juntei meu cabelo, levei até a cabeça, e o prendi com meu chapéu. Puf. A única coisa que eles sabiam sobre mim, além de meu nome (que era totalmente inútil), havia sumido (:
-Hmzmzhzm! - Uma voz feminina atrás de mim ganiu.
Olhei para trás. Não havia me dado conta de que havia uma garota de 17 anos com cabelos ruivos encaracolados sentada em uma cadeira, exatamente igual a Zack. Mas sua boca estava coberta com um pano. Por que raios não podiam fazer aquilo com Zack antes que ele falasse mais do que devia de novo?
-Oh. - Me dei conta. - Desculpe. - Fui até ela e tirei o pano de sua boca.
-Finalmente. - Ela bufou. Quando eu ia sacar a adaga para cortar as amarras em seus braços e pernas, ela me impediu: - Nem tente. Pode morder, cortar, tentar com as mãos... não vai dar. Precisa colocar um vidrinho de ácido especial para isso que está dentro daquele armário ali. - Ela apontou com a cabeça para um pequeno armário de madeira, cujo eu não havia dado a mínima importância.
Abri o armário e peguei o vidro.
-Então... esse vidro aqui acaba com qualquer amarra igual a sua? - Perguntei, cuidadosa.
-Exato. - Ela sorriu. - Agora dá pra me tirar daqui?
-Você é a Annie. Não é? - Supus.
-Claro que sou a Annie. Agora ME. TIRA. DAQUI. - Ela ordenou.
-Eu volto pra te buscar. Prometo. - Sorri e saí pela porta.
Porque, pela primeira vez, Zack era mais importante.
-Lolla! - Pude ouvir a voz de Dani no microfone. - Devia deixar aquele idiota morrer. Por que vai salvá-lo?
Encarei o céu.
-Porque é a coisa certa a fazer. Alguns riscos valem a pena. - E continuei correndo, até que achei a origem dos gritos.
-Lolla! - Zack sorriu quando me viu.
-Oi, idiota. Agora vamos sair daqui porque você precisa urgente de aulas sobre como prosseguir em caso de sequestro. - Encarei-o, séria. Peguei o ácido e tirei as amarras de Zack. - Você tá com a minha varinha?
Ele mordeu o lábio.
-Bem... Sim. Eu peguei a varinha pra me proteger, e te deixei lá no quarto trancado. E você FUGIU. - Ele me encarou como se a culpa fosse minha. Ela tá aqui.
-Bom mesmo. - Retruquei, pegando a varinha.
-Mas levaram minha adaga e todo o resto. Eu escondi bem sua varinha. - Ele contou.
-Bom mesmo. - Repeti.
A música continuou. Eu havia até me esquecido dela.
-Annie, are you ok? Will you tell us that you’re ok? There's a sign in the window that he struck you: A crescendo, Annie. He came into your apartment, he left the bloodstains on the carpet. Then you ran into the bedroom, you were struck down. It was your doom. - Cantamos juntos.
-Annie are you ok? - Continuei.
-So, Annie are you ok?
-Are you ok Annie?
-You've been hit by
-You've been struck by a smooth criminal.
Quando eu ia para as notas altas, uma voz aguda e gritante fez isso por mim.
-I DON’T KNOW! - Annie berrou.
Zack continuou sua parte, enquanto corríamos para a outra sala.
-Annie, are you ok? Will you tell us that you’re ok?
-I don't know! - Ela berrou de novo.
Eles continuaram nessa coisa chata por mais algum tempo. Até que chegamos na sala de Annie.
-Sua vaca! - Ela me xingou.
-Tá, tá. - Revirei os olhos e peguei o vidro de ácido. Ainda tinha sobrado um pouco. Joguei nas amarras e elas se desfizeram. - Pronto, você está livre, leve e solta.
-Ótimo. - Ela bufou. - PODEMOS sair daqui?
-Terminem a música. - Alê mandou.
A música continuou. Saímos da sala. Tinha um segurança lá na porta, esperando por nós. Zack deu um murro em seu peito.
-Ai! Você é duro! - Ele reclamou, balançando a mão. - Parece... de ferro.
-Autônomo? - Sorri. - UHUUUUU!
Peguei minha adaga e atravessei o cara. Era um autônomo mesmo. Só confirmando. Mais guardas vieram, e eu fiquei lá cravando a faca em todo arbusto que via pela frente, enquanto cantávamos. Até que achamos a entrada/saída do prédio.
-You've been hit by - Zack cantou.
-You’ve been struck by a smooth criminal. - Terminei.
Houve um clarão branco e fomos levados de volta ao sofá de Alejandro.
Lolla Aryan
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