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Ps: Eu ainda estou viva o/ Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 15

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Ps: Eu ainda estou viva o/ Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 15  Empty Ps: Eu ainda estou viva o/ Os Objetos Poderosos (demais) de Zeus - Capítulo 15

Mensagem por Lolla Aryan Sáb Abr 14, 2012 6:01 pm

Eu estava andando pelo corredor, procurando a raiz do barulho, quando ouço um grito. Um grito feminino, como os que meu irmão dá às vezes.
-Lolla... - Zack olhou pra mim, aflito.
-Se está com medo, fique aí. - Dei de ombros. - Não vai ajudar em nada nessa situação.
-Não estou com medo! - Ele protestou. - Só... acho que você não está calculando bem. Podem ser assassinos! Estou preocupado por você, Lolla. - Havia um brilho em seus olhos. Ele mordeu o lábio. - Não quer que eu vá primeiro? Sua vida deve valer mais que a minha. Eu sou só um novato idiota.
-Não, é... é claro que não! - Respondi, rapidamente. - A vida de ninguém vale mais que a de ninguém. E quanto a ser um idiota, - Encarei-o. - você ainda tem a chance de mudar meu julgamento sobre você. Mas se tentar me beijar de novo...
-Eu morro. - Ele me cortou. - Saquei. É muito legal da sua parte. - Ele sorriu.
Eu desviei os olhos.
-Não faça com que eu me arrependa, então. - Mordi o lábio.
-E tem mais uma coisa que eu preciso te contar...
Ele parou de falar, pois mais um grito tinha ecoado.
-Se me dá licença, acho que tem alguém morrendo no quarto. - Comecei a andar. - Você vem ou não?
-Claro que vou. - E andamos pelo longo corredor. Até que paramos em frente ao local da onde os gritos pareciam estar vindo. - E agora, o que fazemos? Saímos dando cassete em todo mundo?
-Não. - Encarei-o. - Vemos como está lá dentro.
-Quer dizer espiar?
-Isso mesmo. - Disse, colocando a cabeça por uma fresta da porta quase fechada, no mesmo minuto que duas pessoas pulavam pela janela. Quando fui falar isso pra Zack, percebi que eu estava com a cabeça à alguns centímetros da onde era seu ombro (já que ele era mais alto que eu u-u). A primeira coisa que veio na minha cabeça:
-Idiota, eles podiam ter te visto! Você tá no meio da porta! - Xinguei-o.
Ele me ignorou.
-Enfim, pelo menos sabemos que ela não está morta. - Ele deu de ombros.
-E se a tiazinha que pulou fosse uma assassina? - Supus.
-Vamos... vamos pensar positivo. - Ele decidiu e foi entrando no quarto. Não havia nenhuma tiazinha imóvel que tinha ido dessa pra melhor. Ufa. Ele foi pular a janela quando eu o encarei.
-É sério? - Levantei uma sobrancelha. - Temos escada.
-Eu acho a janela bem mais prática. - Ele deu de ombros.
-Hello-o! - Apontei pra armadilha mortal nos meus pés.
-Ah, dá logo essa droga. - Ele xingou e eu dei-lhe as botas. - Viu, eu posso ser gentil.
-Você sabe que eu ia te fazer carregar de qualquer jeito. - Rebati.
-Se você diz... - Ele deu um sorriso despreocupado e pulou a janela. - Você vem?
-Ahnnn... claro. - Disse e pulei atrás dele. Aí tu se pergunta: Como alguém pulou da janela do 14° andar e sobreviveu? Olha, os assassinos deviam ser ninjas. Mas eu sou filha de Zeus. - Segura minha mão. - Ordenei.
-Segurar sua... mão? - Ele me encarou, confuso.
-OBEDECE! - Berrei e ele fez o que eu mandei. Comecei a abanar o outro braço, como se fizesse um para-quedas.
-Que é isso? Uma galinha voadora? - Ele brincou.
-Falou o veado piadista... - Rebati.
Ele riu.
-Boa. Mas eu não sou viado.
-E eu não sou galinha. Estamos quites. - Mostrei a língua. Chegamos no chão e começamos a andar.
-Preciso mesmo carregar isso? - Ele apontou pra bota.
-Claro. Desistiu de ser gentil? - Levantei uma sobrancelha.
-Não serve pra nada ser gentil. - Ele deu de ombros.
-Ouviu, Lolla? - A voz de Ash ecoou. - Não sou só eu.
Eu a ignorei.
-E tá achando o que? Que vai carregar minha bota e eu vou te dar um beijinho de agradecimento? - Ironizei.
-É. - Ele me encarou.
-Criança sonha, né? - Ri e tomei a dianteira. - Vamos logo, temos que achar os bandidinhos idiotas.
A música continuou.
-Annie, are you ok? - Zack cantou.
-So, Annie are you ok? - Cantei junto.
-Are you ok, Annie?
-Annie, are you ok?
-So, Annie are you ok, are you ok Annie? - Começamos a cantar juntos. - Annie are you ok?
Will you tell us that you're ok? There's a sign in the window that he struck you, a crescendo Annie. He came into your apartment, he left the bloodstains on the carpet. Then you ran into the bedroom, you were struck down and it was your doom.
-Annie, are you ok? - Cantarolei.
-So, Annie are you ok? - Zack continuou.
-Are you ok, Annie?
-Annie, are you ok?
-So, Annie are you ok?
-Are you ok, Annie?
-Annie, are you ok?
-So, Annie are you ok?
-Are you ok, Annie?
-You've been hit by - Ele aumentou o tom de voz.
-You've been hit by a smooth criminal. - Continuei.
-So they came into the outway, it was Sunday, what a black day. Mouth to mouth resuscitation, sounding heartbeats: intimidations. - Zack cantava.
Até que vi algo que julguei importante.
-Olha! - Apontei para dois caras de preto encapuzados, que poderiam bem ser os ninjas que pularam da janela. Eles estavam entrando em algum tipo de bar, ou sei lá. A música parou (de novo). Entramos no bar e começamos a procurar. Até que vemos o encapuzado número dois batendo na parede de tijolos em diversos lugares: Uma senha. Eu nunca fui boa em decorar nada. Até mesmo minha profecia, que tanto me atormentava, já havia voado pra fora da minha mente. Enfim. Após bater 20 vezes na parede, os tijolos se abriram. Para meu azar, a passagem não saiu no Beco Diagonal =(. Só consegui ver de relance. Parecia algum tipo de covil secreto de uma agência secreta muito top que torturava as pessoas que invadissem. Ou talvez eu estivesse inventando isso pra assustar Zack. Enfim.
-Vamos. - Ele saiu andando em direção aos tijolos, que tinham se fechado novamente após o tiozinho do mal passar.
-Espere! - Parei. - Não temos a senha.
Ele riu, mas não parou. Parou em frente à parede de tijolos e começou a bater. E bater. E bater. Até que abriu.
-Como você...? - Encarei-o. - Não bateu aleatoriamente, bateu?
Ele deu de ombros.
-É claro que não. Fala sério, mereço pelo menos um obrigado por isso. - Ele me encarou.
-Obrigada. - Disse, sem muito ânimo. - Você... decorou a senha?
Zack me olhou como se eu fosse tonta (coisa que o Dani fazia frequentemente).
-Dããã. - Ele mostrou a língua. - Sei que no mundo das princesas não deve ter essas coisas, mas no MEU mundo - Ele apontou pra si mesmo. - ou você decora tudo em 5 minutos, ou bomba. - Ele deu de ombros. - Resumindo: eu sempre estudei de tarde. Estudar de manhã é uma droga pela qual eu nunca tive que passar. Mesmo quando tinha que chegar cedo, eu nunca chegava. Mas que seja. Os professores são bem preguiçosos, então nem se dão ao trabalho de fazer provas diferentes pra manhã e pra tarde. - Ele me encarou. - E é aí que eu entro. Meus ‘contatos’ da turma da manhã anotam as respostas e me dão. - Ele parou. - Eu tive que parar de colocar o papel embaixo da mesa e ir vendo, depois que a droga da professora me pegou umas 3 vezes.
-Quer dizer colar. - Resumi.
-Olha, a princesa tá ligada no assunto! - Ele sorriu, mas seu sorriso desapareceu depois do tapa que dei em seu ombro. - Ai! - Ele reclamou. - Enfim. Pra tirar uma nota decente, eu tinha que decorar todas as respostas da prova em tipo, 5 ou 10 minutos. - Ele me encarou. - Não era uma tarefa fácil. Mas eu conseguia a maioria das vezes.
Zack falava como se fosse algo bem simples e comum. Bem, certamente era. Graças aos deuses, minha dislexia não era tão avançada quanto a de alguns semideuses, de modo que afetava apenas algumas partes do meu cérebro. Eu era boa em qualquer coisa que precisasse de raciocínio lógico. Mas sem contas. Contas confundem gravemente minha cabeça. Mas não tanto quanto a de Ashley, que não consegue entender porque algum físico declarou que o 2 tinha que se juntar com o 3 e juntos formavam o 5. Ela dizia que o 2 tem liberdade pra se juntar com quem ele quiser. E mais, se o 2 e o 3 resolverem formar um 4, isso é problema deles! Eles fazem o que bem entenderem! Então, digamos que essas coisas não foram bem aceitas pelos professores, que frequentemente mandavam Ashley calar a boca. Mas... é Ashley. Obviamente ela não ficava quieta por nem um minuto, portanto acabava na diretoria mesmo (: Quanto a mim? Bem, se um professor ousasse me mandar ‘calar a boca’, ganhava uma resposta bem inteligente e calma. Mentira. Era um respostão mesmo. Então eu e Ashley tínhamos nossos próprios pufes na secretaria (as cadeiras de lá eram podres demais. Meia hora lá era suficiente pra ficar com dores em lugares que você nem sabia que existia.). Eu nunca realmente colei, sabe? Eu simplesmente tiiiinha que ganhar, que ser a melhor em tudo. E não ia ser uma droga de dislexia (mesmo que não total) que ia me tirar isso. Ashley nunca colou com papel, até onde sei. Ela só... dava umas vizoiada na prova dos outros. Mas enfim. Como sempre, me tiraram de meus devaneios.
-Ooooi? - Zack disse, estalando o dedo perto da minha cara (exatamente como Ash faz). - Alisoon? - Ele sorriu maliciosamente.
Dei-lhe um choque.
-Cala a boca. - E entrei no covil do mal. Zack entrou atrás. O lugar parecia... na verdade, não sei bem o que parecia. Talvez algum escritório de empresas enormes, daqueles com tudo de vidro e várias mesas e plantas. Pelo menos devia parecer. Não sei. Nunca fui a um escritório de uma empresa enorme. Mas já vi vários em filmes. Afinal, devia ser tudo a mesma coisa.
-E agora? - Ele sussurrou pra mim.
-Agora, - Encarei-o. - nós vamos perder a noção. - E saí andando, sem mais explicações. Fui calmamente até o banheiro, que parecia ser um bom lugar para bolar um plano (e o único lugar vazio, de modo que podíamos falar o que quiséssemos.). - É o seguinte. - Comecei. - A gente se esconde, tentando descobrir o que exatamente é aqui e depois...
-Lolla. - Zack me encarou.
-...a gente vê a gravidade do... - Continuei, ignorando-o.
-Lolla Aryan. - Ele disse, um pouco mais alto. - Cala a boca e me escuta. - Antes que eu pudesse retrucar, ele apontou com o dedo para uma parte da parede. Não entendi o que ele estava sugerindo. Ao ver minha confusão, ele pegou meu pulso e fez com que eu passasse a mão em uma parte específica da parede. Havia um pequeno declive. Conforme minha mão deslizava sobre o mármore, percebi o que era. Um triângulo.
-É um delta. - Concluí.
-Um o quê? - Ele levantou uma sobrancelha. Novatos...
-Uma letra do alfabeto grego. Como um triângulo. Viu? - Expliquei. - Antigamente abria o labirinto de Dédalo, mas se ele foi destruído... Se houvesse algo, deveria ter aparecido quando toquei.
-Lolla. - Zack me encarou. - Aperte. - Devido a expressão em meu rosto, ele continuou: - Um botão não é ativado somente ao passar a mão. É preciso apertá-lo.
Fazia sentido. Fiz o que ele pediu, e um barulhinho começou. Um tipo de ‘pi’, a cada segundo. O fato de ser loira não me impediu de perceber o que era.
-Temos que sair daqui. Agora. - Disse e o puxei pelo braço pra fora do banheiro. ‘5 segundos, 6, 7...’, contava em minha cabeça. Saí correndo em disparada, e ele cambaleava conforme eu ia rápido demais. ‘18, 19, 20...’
-O... o que foi? - Ele me encarou, quando finalmente parei.
Eu bati em seu braço.
-Idiota! - Xinguei. Mas continuava contando os segundos. Já haviam passado mais de 30. Quantos segundos seriam precisos? Sessenta? ‘56, 57, 58...’ - Sessenta. - Deixei escapar. O troço fez ‘pi’ mais algumas vezes, sem nenhum ritmo aparente. Até que aconteceu o que eu temia. Foi tudo rápido demais. A única coisa que me lembro foi de tudo ter ficado escuro e de Zack berrando como uma garotinha. Ou como meu irmão. É difícil distinguir.

...

Acordei algum tempo depois. Não poderia dar nenhuma estimativa de quanto. Estava dentro de um quarto amplo e branco. Quando virei para o lado, caí da pequena, mas confortável, cama em que estava. Levantei rapidamente, e me sentei na cama, tentando lembrar de algo sobre o que tinha ocorrido. Mas nada me vinha na cabeça. Por que raios eu desmaiara? Não era comum isso acontecer. A última coisa que me lembro era que Zack estava... Espera aí. Zack. Olhei em volta, procurando-o inutilmente. Uma onda de preocupação me invadiu, seguida de um instinto de fuga. Eu precisava sair dali. Olhei para a porta, e saí correndo até ela.
-Droga. - Xinguei. Estava trancada. Levei minha mão ao bolso. Minha varinha tinha sumido. Xinguei mais ainda. Algo era certo: Alguém me pusera ali. Se eu explodisse a porta, ou algo do gênero, teria de arcar com as consequências de gente pulando em cima de mim ou ligando pra polícia, ou sei lá. Mas algo era certo: Eu precisava achar Zack tanto quanto precisava sair dali. E se eu não estivesse inventando aquela história de outra agência secreta? Comecei a lembrar de filmes de espionagem que já havia assistido. Não precisei de muito tempo pra decidir que era sempre a mesma coisa. Torci o nariz para o duto de ventilação à minha direita. - Que os deuses me ajudem. - Disse, um pouco antes de tirar a parte da frente e me enfiar dentro dele. Por sorte, era bem amplo. Parecia que queriam que eu fizesse aquilo. Bem, Alejandro certamente queria. Ele acharia tudo aquilo alegremente divertido. Continuei me arrastando pelo túnel, até que comecei a ouvir pequenos barulhos, como metal cedendo. - E lá vou eu. - Resmunguei, no exato momento em que o duto rachou e eu caí. De alguma forma, caí em cima de uma planta. Olhei em volta. Estava em algum lugar que parecia um quintal. Por que raios tinha duto de ventilação em um quintal? Até que algo me chamou a atenção: Um muro baixo, que podia ser facilmente pulado. Afastei o pensamento egoísta de minha cabeça. Precisava saber mais sobre a tal Annie! Afinal, esse era meu trabalho! ...E precisava achar Zack, claro (: Comecei a planejar: Se eu conseguira entrar uma vez, consigo entrar de novo, certo? Afinal, que outra escolha eu tinha? Meu plano era simples: Entrar sem chamar atenção e ir até o banheiro. De novo.
-Pelo menos meu salto não quebrou. - Disse comigo mesma, antes de entrar sorrateiramente de volta no prédio e chegar no banheiro sem interrupções. No mesmo momento em que vi seu estado soube o que acontecera. - Boom. - Foi só o que consegui dizer. Era isso que havia acontecido. Ao apertar o delta, acionei uma bomba. E ela explodiu em 60 segundos, como eu prevera. Eu não havia passado pela frente do prédio, mas devia estar devastada. Mas isso não explicava porque eu desmaiara. A menos que... A menos que eu tivesse entrado em pânico porque vi a explosão vindo pra cima de nós. Mas caso fosse isso, por que sobrevivêramos? (digo no plural pois, por algum motivo, não quero ver Zack morto.) Só se eu tivesse acionado um protego no último segundo. Mas por que raios eu desmaiei lançando um protego? Saí do banheiro, para contestar que o que eu temia se concretizara: A sala estava impecável. Eu havia criado um mega protego em volta de todos os seres vivos da entrada do prédio. E isso provavelmente fora demais até para meus poderes.
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